Deus soprou a vida em nós, homens e mulheres, fazendo-nos diferentes dos outros seres que vivem sobre a Terra. Somos capazes de raciocinar, de refletir sobre o que acontece ao nosso redor, de mudar a história (nossa e dos demais!).
Vivemos uma correria: hora de acordar, de rezar, de ir à missa, de trabalhar, de estudar, de comer, de dormi
r... Temos compromissos, responsabilidades. O melhor de tudo é saber, com as cenas do nosso cotidiano, do nosso "tempo comum", aprender as lições que a vida nos dá diariamente.
Vivo no meu dia-a-dia com o sofrimento humano. São crianças doentes, sofridas, tanto pela dor de suas doenças físicas, como pela angústia de não ter, muitas vezes, o pão de cada dia, o dinheiro da passagem, acompanhadas muitas vezes de familiares carentes do conhecimento mínimo capaz de os fazer cientes dos riscos de suas ausências enquanto cidadãos.
É essa população que encontro todos os dias em meu ambiente de trabalho.
Hoje, emocionei-me ao ter uma conversa com uma senhora, que acompanha seu neto, um menininho de 2 anos, portador de Leucemia, em tratamento de uma recaída, já grave, na luta pela vida. Eu tinha que explicar a ela que, suas chances vêm diminuindo a cada dia, pois parece não estar respondendo ao tratamento quimioterápico. Em meu coração, pedia a Deus que me desse força para confortar aquela avó.
Ela, com lágrimas nos olhos, me disse sentir no coração uma força, que não sabia de onde vinha, pois há pouco tempo sentia-se incapaz de estar numa situação como essa, mas agora sabia que tinha de enfrentar a dor de ver seu menininho partir aos poucos.
No meu coração, senti viva a Palavra de São Paulo: "Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho" (1 Co 9,16). Peguei em sua mão e lhe disse que essa força é Deus. Só Ele nos faz encontrar condições de enfrentar até o pior sofrimento. Disse a ela que orasse, que falasse com Jesus pedindo-lhe paciência para entender a vontade do Pai.
Agora sou eu que peço: Cuida, Senhor, de todas aquelas crianças, de suas famílias, de mim e de todos os profissionais que lidam com o sofrimento, para que a Palavra de Deus viva nos conforte e nos dê ânimo, para seguirmos nosso caminho. Amém!
Vivemos uma correria: hora de acordar, de rezar, de ir à missa, de trabalhar, de estudar, de comer, de dormi
r... Temos compromissos, responsabilidades. O melhor de tudo é saber, com as cenas do nosso cotidiano, do nosso "tempo comum", aprender as lições que a vida nos dá diariamente.Vivo no meu dia-a-dia com o sofrimento humano. São crianças doentes, sofridas, tanto pela dor de suas doenças físicas, como pela angústia de não ter, muitas vezes, o pão de cada dia, o dinheiro da passagem, acompanhadas muitas vezes de familiares carentes do conhecimento mínimo capaz de os fazer cientes dos riscos de suas ausências enquanto cidadãos.
É essa população que encontro todos os dias em meu ambiente de trabalho.
Hoje, emocionei-me ao ter uma conversa com uma senhora, que acompanha seu neto, um menininho de 2 anos, portador de Leucemia, em tratamento de uma recaída, já grave, na luta pela vida. Eu tinha que explicar a ela que, suas chances vêm diminuindo a cada dia, pois parece não estar respondendo ao tratamento quimioterápico. Em meu coração, pedia a Deus que me desse força para confortar aquela avó.
Ela, com lágrimas nos olhos, me disse sentir no coração uma força, que não sabia de onde vinha, pois há pouco tempo sentia-se incapaz de estar numa situação como essa, mas agora sabia que tinha de enfrentar a dor de ver seu menininho partir aos poucos.
No meu coração, senti viva a Palavra de São Paulo: "Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho" (1 Co 9,16). Peguei em sua mão e lhe disse que essa força é Deus. Só Ele nos faz encontrar condições de enfrentar até o pior sofrimento. Disse a ela que orasse, que falasse com Jesus pedindo-lhe paciência para entender a vontade do Pai.
Agora sou eu que peço: Cuida, Senhor, de todas aquelas crianças, de suas famílias, de mim e de todos os profissionais que lidam com o sofrimento, para que a Palavra de Deus viva nos conforte e nos dê ânimo, para seguirmos nosso caminho. Amém!
Não sei se você se recorda do dia em ue estávamos em uma sala de espera e chegou uma paciente sua, muito debilitada. Eu me recordo que fiquei, de certa forma, abalado ao ver uma pessoa tão jovem, uma criança, com tantas possibilidades na vida, passando por uma situação tão degradante. Então indaguei a Deus porque as pessoas passavam por isso? Onde estava a justiça? Naquela oportunidade, você me disse que há coisas que não têm respostas, situações que a sabedoria humana não é capaz de alcançar. Confesso que aquilo não foi capaz de diminuir a minha angústia, mas me recordou que há alguém maior, que vigia nossos passos, cujo entendimento é pleno. E é nesse alguém que devemos confiar. Que o seu tempo comum seja tempo de graça na vida daqueles que a cercam. Abraços
ResponderExcluirAquela paciente, a quem Joao se refere, me ensinou muito. Talvez tenha sido a pessoa mais meiga e terna que eu tenha encontrado... A última vez que a vi, numa UTI, gravíssima, me fez refletir que nossa vida, inteira, tem um propósito, bem maior do que o nosso entendimento pode alcançar. É Deus quem cuida de nós, e como aos lírios do campo e aos pássaros do céu, nao deixa que nos falte nada. Senhor, perdao pelas vezes que, por falta de fé, nao tenho reconhecido tua presença naquilo que desconheço.
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