Você já parou num jardim para admirar uma rosa? A beleza da rosa nos atrai. Na primeira vez que tentamos pegá-la, se não prestamos bastante atenção, nos machucamos com seus espinhos. Mas se gostamos da rosa, se queremos realmente chegar a tocá-la, a sentir seu cheiro, devemos encontrar uma maneira de desviarmos de seus espinhos.
Com o tempo, após sentirmos seus espinhos, acabamos aprendendo o jeito mais seguro de chegar até a rosa. Mesmo assim, de vez em quando ainda podemos sentir a dor do espinho em nossos dedos. Mas é assim mesmo. Não tem problema, o importante é chegar até a rosa.
E quando chegamos até a rosa, ficamos tão felizes, a beleza dela é tanta, que nem nos lembramos daqueles espinhos, até dos mais pontiagudos. A rosa é tão bela que nem dá para perder tempo lembrando dos espinhos. Não é assim?
Com a vida se dá o mesmo processo. Estamos sempre em busca da felicidade.
Quando somos jovens, e ainda não conhecemos os “espinhos” da vida, muitas vezes nos machucamos com as dificuldades. E olha que há dificuldades que são muito “pontiagudas”! Vamos aprendendo com elas a achar um jeito melhor de chegar até a felicidade. Muitas vezes percorremos caminhos seguros, outros nem tanto... Mas queremos chegar até a rosa, queremos ser felizes.
Deus nos criou para sermos felizes. Nunca devemos desistir. Se há espinhos no caminho, paciência, vamos enfrentá-los.
Talvez a beleza da rosa também esteja em termos que percorrer um caminho não tão seguro, vencer as dificuldades e no fim, sermos recompensados com o cheiro, a cor, a textura de uma obra tão linda da natureza.
Nossa vida, por mais difícil que esteja, é um presente que Deus nos deu. Devemos enfrentar seus espinhos, sermos corajosos, determinados. Com certeza chegaremos mais fortalecidos e encontraremos, lá na frente, a beleza que é a felicidade.
(Cíntia Assunção Silva, médica pediatra, professora da Faculdade Santa Terezinha - CEST e postulante da Congregação das Irmãs de Caridade de Montreal)