O cenário era a sala de aula, onde frequentei, durante anos, aulas de ballet clássico, como aluna e também professora. Estava como que retornando as aulas de ballet, a mais querida ocupação que tive em metade da minha história.
A dança - aqui, o ballet clássico - é uma forma de exercitar nao só o corpo mas, principalmente, a alma. Como fui feliz e certamente me encontrei com Deus enquanto dançava. Minha alma se enchia de alegria.
Hoje à tarde pude desfrutar dessa emoção: estive, em sonho, em uma aula de ballet...
Três pontos me chamaram a atenção: estava acompanhada de minha avó (que não costumava me levar às aulas), havia um amigo da época de Corpo de Baile (Geraldo) que já é falecido e, da janela da sala, via-se o mar azul, muito azul, paisagem inexistente no Canto da Fabril, onde ficava a escola.
Esses elementos, assim como a sensação que tinha na ocasião, me dão a impressão de que estive, por alguns instantes, pertinho de Deus, onde não há tempo, não há morte e tudo se torna possível.
Agradeço a Deus por esse momento de eternidade.