SERVA DO SENHOR

SERVA DO SENHOR
"Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra"(Lc 1,38)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

ESPERO SER ASSIM

Espero tantas coisas... Ah, sim! Espero! Quero viver cada dia com dignidade. Quero nunca ter medo de olhar nos olhos das outras pessoas e de tampouco ter medo de me olhar no espelho, no espelho da minha alma.
Espero ser mais gente. Aprender comigo e com os outros e as outras. Aprender com as que me aceitam e também com as que me rejeitam (ou rejeitam-se a si próprias...).
Espero que a alegria caminhe comigo para que sempre que meus olhos verterem lágrimas, um sorriso surja em seguida, mostrando-me que a vida continua.
Espero não deixar que a tristeza de muitas injustiças me paralize, mas que me mova a lutar e, mesmo que eu não veja o triunfo da justiça, alegrar-me-ei em contribuir para que a utopia não se apague.
Espero ter o dom de perceber o momento certo de agir para ajudar aquela que precisa e que quer minha ajuda.
Espero que a Cíntia que caminha, nunca se canse e que, independente da velocidade de seu movimento, possa admirar as flores, as árvores, a chuva, fortalecendo-se para enfrentar as pedras, os espinhos, as tempestades da estrada. 
Espero ser assim, simplesmente assim!

EU QUERO

Quero ser eu mesma!
A menina que se tornou mulher
que tem sonhos, desejos
e que sabe muito bem o que quer

E o que eu quero? Tanta coisa...
Quero ver, quero sentir, 
quero entrar, quero sair
quero viver, quero sorrir

Viver o amor dentro de mim
Transbordar os sentidos, 
apurar os ouvidos
e ver nos sorrisos: o amor já chegou!

Quero me conhecer melhor
pra poder testemunhar
um mundo sem rancor
sem ódio, sem inveja, sem temor

O Senhor me chamou,
abriu seus braços e me convidou 
a ser eu mesma 
pra cantar e viver o nosso amor.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

AO MEIO-DIA

Já havia caminhado bastante. Havia vivido alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, risos e choros. Cheguei no Santuário da Conceição com sede, com meu pote na mão. Precisava de água. Não importava se já fosse meio-dia. Ali eu sentei. Naquele banco de madeira, sem conhecer ninguém. Ali começava um grande encontro. Seria uma nova vida. Eu nem suspeitava o que haveria de vir, o presente que receberia...
Ali, a cada domingo, eu contaria a Deus minhas angústias, meus sonhos, minha vida. Eram momentos especiais: só meus e dEle. 
Sabia que como batizada, era filha de Deus, era agraciada por Seu amor sempre fiel. Mas a graça maior ainda estava por vir.
O caminho não foi fácil. Carregar um balde de dúvidas não é fácil. Mas ali eu sentei. Na beira daquele poço. Estava cansada. Precisava descansar e beber um pouco d'água. 
Naquele 25 de maio de 2009, estava aparentemente sozinha. Ele chegou. Já há algum tempo sentia no coração uma inquietação, uma emoção, algo que não sabia explicar. Já era Ele tocando meu coração. Já era Ele conversando comigo. Já era Ele perguntando e, ao mesmo tempo, sabendo tudo sobre minha vida.  Mas naquela tarde, em que preparava um roteiro de rosário para rezar com minha avó, eu ouvi Sua voz me oferecendo ÁGUA VIVA. Nunca senti tanta alegria em meu coração. Alegria de verdade, pura, inteira, genuína. Dessas alegrias que não se esquece nunca mais. 
Ele me chamava para segui-Lo por toda a vida. Eu então podia compreender toda a inquietação que havia em meu coração há alguns meses. 
Ele sabia tudo sobre minha vida. E me amava, por isso me chamava. 
Naquele dia 25, larguei o meu pote e nunca mais parei de anunciar a todos que eu encontrei um homem que sabe tudo sobre mim. Sou livre. Quero segui-lo. Chega de sede. A água que Ele me ofereceu e me oferece a cada amanhecer é água pura, cristalina. Quem tem coragem de parar na beira desse poço, para beber dessa água, nunca mais terá sede. 
Naquela tarde fui chamada à vida religiosa. 
Obrigada, meu Senhor, por tanto amor que tenho recebido e oferecido desde então. Há 3 anos sou muito mais feliz do que podia imaginar que fosse um dia.


quarta-feira, 28 de março de 2012

ONDE ESTAVAS



Me chamavas sempre
desde sempre
mas não te escutava

Me chamavas nas igrejas,
nas ruas, nas estrelas,
e também nas músicas que gostava

Até nos meus estudos, me chamavas
quando eu tinha sono mas resistia
e mais um pouquinho estudava
ali também tu me chamavas

Tinha sede de ti, eu te buscava
queria conhecer-te, então rezava
e lá, em “nossas orações”, tu amorosamente
e cheio de ternura, por certo me chamavas

Queria te entender, eu te buscava
nos livros, nas missas, nas palavras
mas a cada amanhecer, pude perceber
que compreender-te já não me bastava

Foi então o tempo me mostrando
o que querias de mim, e me ensinavas
que nas outras pessoas estavas
e nelas o teu rosto me mostravas

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

OS MAGOS DO ORIENTE

Nesta noite, em Belém na Judeia, acontece algo extraordinário: Deus vem habitar entre nós. Ele nos ama tanto que se faz humano como cada um de nós.
Algo tão maravilhoso deveria ser notado por todos. Mas não é...
O nascimento do Salvador da humanidade só é percebido por alguns. Somente aqueles que abrem o coração: Maria, José, os pastores e três magos do Oriente.
Mesmo com tanta expectativa, mesmo com as profecias que indicavam até o local do nascimento, somente alguns tem a oportunidade de presenciar a chegada do Filho de Deus.
E o que eles tem em comum? A abertura de coração. Eles se disponibilizam. Eles saem de si e acolhem o novo, o desconhecido, movidos pela fé.
Os magos se desinstalam, saem de seus palácios, olham para o céu, percebem uma estrela especial e a seguem. Ajoelham-se ali, diante do Menino e o adoram.
Sigamos também a Estrela de Amor que é a vontade de Deus em nossas vidas. Se fizermos isso com simplicidade e coragem, certamente nos realizaremos e seremos outras pessoas, seguindo o exemplo dos magos que, se convertendo, já não eram mais os mesmos, seguindo outro caminho em suas vidas.